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Slobber Knocker #110: Antes da grandeza (Parte 3)


Sejam bem-vindos a mais um Slobber Knocker! Para esta semana, reergo um tema que já tinha deixado há muito tempo. Se vasculharem o baú do Slobber Knocker, apercebem-se que as duas partes que já fiz com este tema... Estão ambas nos tempos ainda iniciais. Decidi recuperá-lo agora....

O tema consiste em pegar em algum Superstar consagrado - ou minimamente consagrado, uma das edições incluía o Zack Ryder - e analisar-lhe o passado, para saber como é que ele andava a comer antes de ser uma estrela mundial na WWE ou noutra companhia. Até se encontravam umas coisas caricatas aqui e ali.

Mas para esta 3º edição, vou fazer de forma ligeiramente diferença. É igual a olho nu, mas a inspiração é que é diferente. Em vez de pegar num punhado ou numa meia dúzia de lutadores aleatórios, pego em nomes relevantes no presente. Alguém que esteja a dar mais que falar actualmente, alguém que tenha uma luz da ribalta apontada para si. No caso de dúvida, ao ler os textos, entendem o porquê de me voltar para cada um desses lutadores. Analisemos os passados desta boa gente:

Roman Reigns


Duvido que seja necessário explicar o porquê desta particular selecção. Homem que deu tema ao Slobber Knocker da semana anterior e que tem vindo a crescer cada vez mais e a revelar-se como um potencial futuro Face de topo na WWE. Já está a chegar lá. Mas Reigns não passou toda a sua vida a distribuir Superman Punches a torto e a direito.

Como membro da vasta família Anoa'i, o wrestling já lhe corria no sangue. Irmão do ex-sidekick de super-herói Rosey e primo de uma data de nomes conhecidos como Rikishi, Umaga, Usos e alargando a ligação, The Rock, já seria de esperar que Leati Anoa'i, ou Joe Anoa'i fosse parar a um ringue mais tarde ou mais cedo. Mas não foi logo e Joe Anoa'i dedicou-se ao futebol American primeiro.

Começou, como muitos, na Universidade, integrando os Georgia Tech Yellow Jackets - do Instituto de Tecnologia de Georgia - onde se tornou um impressionante defesa, com um dos melhores recordes de tackles na história da sua equipa. Chegou a ser capitão da equipa e não podia parar de crescer, logo chegou a cheirar a NFL, onde foi contratado por equipas como os Minnesota Vikings ou os Jacksonville Jaguars, apenas para treinar, não chegando a participar em jogos. Mostrou o seu valor em campo, no Canadá, saltando para a CFL, onde fez apenas uma época e apenas cinco jogos nos Edmonton Eskimos. Retirou-se do futebol em 2008... Tinha outros planos em mente.


E esses planos já envolviam um contrato de desenvolvimento com a WWE, onde se põde estrear como Roman Leakee. Não começou da maneiro que esperaríamos de alguém que agora conhecemos como o Roman Reigns, pois começou somando derrotas para malta como Richie Steamboat, Idol Stevens - Damien Sandow - e até Wes Brisco. Assim que começou a somar vitórias, tentou a sua sorte na divisão tag team até se começar a sair melhor como competidor singular. Aí entrou em feud com o Campeão da FCW, Leo Kruger - Adam Rose, para quem tiver memória curta - e para se apurar como candidato ao título teve de vencer uma Triple Threat. Contra quem? Exacto, Dean Ambrose e Seth Rollins, nem de propósito. Não conseguiu vencer o título, mas conseguiu tornar-se Campeão Tag Team com Mike Dalton - Tyler Breeze - até perder os cintos para uma parceria de CJ Parker e Jason Jordan. Pouco depois, a FCW transformava-se no actual fantástico NXT e Roman Leakee virava Roman Reigns. Também não tardava nada e andava no main roster a fazer estragos com dois amigos, a quem chamavam "The Shield".

Um bom trajecto, mas Roman Reigns acaba por ser daqueles que ainda vamos tendo a ideia de que são os que a WWE gosta - os que são criados por eles. Reigns não tem asim um trajecto independente tão rico como os seus colegas Ambrose e Rollins e muitos apontam logo para lá, como a razão para que este suba mais alto que os outros. Eu até acho que eles estão a trabalhar os três muito bem para serem main eventers e é precisamente isso que quero. Mas já podemos aqui ver um bom trajecto e uma boa transição de futebol Americano para wrestling e com sucesso... Já não é o primeiro... Que o pergunte a um certo primo...

Sting


Actualmente, há uma enorme novela acerca do seu estatuto na WWE. Contratado ou não contratado, utilizado em TV ou não, o certo é que seria enorme, que o homem denominado o "Franchise da WCW" aparecer na WWE pela primeira vez. Maior lenda a nunca pisar um ringue da WWE e fê-lo por questões de lealdade a uma companhia já defunta. Somou múltiplos títulos Mundiais na WCW e na TNA. Cintos da WWE? Nem vê-los. Mas agora já anda a falar com aquela malta e até já deu um falso alarme com uma tremenda vinheta que afinal era só para o WWE2K15. Veremos Sting em breve?

Enquanto não o virmos, recordamos o que já vinha antes dessa grandeza toda na NWA e na WCW. Steve Borden - seu nome verdadeiro que originou a piada internauta de lhe chamar Borden Stevens, como sendo o seu ringname de desenvolvimento no NXT - começou a ser visto inicialmente em meados da década de 80, 1985, como um competidor tag team chamado Flash. Na Continental Wrestling Association, Flash fez equipa com Jim "Justice" Hellwig - Ultimate Warrior - e formou os "Power Team USA" ou "The Freedom Fighters", com Dutch Mandell - Zeb Colter - como manager. A equipa não ficou muito over, até porque este Sting não é bem o Sting que conhecemos, era um pouco mais inchado. Logo, era uma equipa de bodybuilders stiff, inseguros e com pouca experiência. Tentaram virá-los Heel como os "Blade Runners", onde Flash eventualmente mudou o nome para Sting e Hellwig para Rock - muitos Rocks antes do Rock - mas mesmo assim foi Sol de pouca dura.


Sting abandonou a CWA, mas não ficou parado e em 1986 já estava na Universal Wrestling Federation, companhia que ainda tinha a sua dimensão no seu tempo e era baseada em Louisiana. Levou Rock consigo como parceiro, mas estava na altura deste ser o Ultimate Warrior na WWF, logo Sting ficou sozinho. Pelo menos até encontrar lugar na stable Heel "Hotstuff & Hyatt International", liderada pelo falecido lendário "Hotstuff" Eddie Gilbert e por Miss Hyatt. Nesta stable já começou a somar, e venceu três títulos Tag Team, dois com Eddie Gilbert e um com Rick Steiner. Assim que Gilbert se virou contra ele, Sting virou Face, aliou-se ao "Gentleman" Chris Adams e entrou em feud com Gilbert, à medida que se tornava uma estrela em crescimento, em competição singular. Existiam planos para o tornar Campeão de TV da UWF mas a aquisição da companhia, por parte da NWA alterou os planos. Mas não lhe pararam o push.

E em 1987, quando Sting já constava na NWA começou o imparável crescimento. Chegou logo para ter combates míticos com Ric Flair, pelo NWA World Heavyweight Championship e a entrar em feud com os Four Horsemen, algo que viria a colocá-lo no mapa, de forma permanente. Assim que entrava na década de 90, já era considerado o "Franchise da WCW" e teve uma tremenda década, apenas vendo a sua carreira abrandar quando a companhia caiu. E nem assim ficou parado.

Mais recentemente viamo-lo ainda a ganhar o seu ocasional título na TNA, enquanto reduzia a actividade em ringue da sua personagem - enquanto ainda se mantinha activo. Acaba contrato e os burburinhos à volta da WWE começam. Mas agora já não são burburinhos, ele já lá está, em documentários, no jogo... Para quando Sting a estrear-se no Monday Night Raw? - sim, estrear-se...

Brock Lesnar


Por esta altura, já se pode dizer que já fez de tudo. Tornou-se o Campeão da WWE mais jovem, já jogou futebol Americano também, fez uma transição de sucesso da WWE para a UFC, onde foi campeão e até já fez o impossível e derrotou Undertaker na Wrestlemania. Agora, como é altura de PPV grande, já é tempo para o part-timer regressar e já está ele aí de novo para enfrentar John Cena pelo WWE World Heavyweight Championship no SummerSlam.

Mas ainda teve um caminho a percorrer para chegar onde chegou. Mas até nem há assim muitas voltas a dar e não é necessário voltar tão atrás no tempo para os dias em que tinha por aí seis anos, não aconteceu nada relevante. E a voz dele provavelmente já soava igual. Também os tempos de liceu não apresentam algo de assim tão relevante, apesar da embaraçosa foto de capa deste artigo. Serve de capa, mas não é relevante. O certo é que Brock Lesnar já anda nisto das bulhas há muito tempo.

Curiosamente, posso começar já pelo liceu, apesar de ter acabado de dizer o contrário, pois nesse seu percurso escolar, como praticante de wrestling amador, conseguiu um recorde de 33-0-0 - a ele ninguém lhe rompeu a streak. Os seus estudos é que não eram dos mais famosos e não era dos melhores alunos. Mas para o que ele sabia fazer, pouco importava. Foi no Minnesota que se dedicou ao wrestling na Universidade. Lá encontrou um bom companheiro de quarto e amigo: Shelton Benjamin, com quem viria a treinar, ao longo de todo o seu percurso. Em 2000, venceu o título da NCAA - National Collegiate Athletic Association - na categoria de wrestling.


Assim que graduou em 2000, Lesnar já tinha um currículo impressionante. Na NCJAA, foi All-American por duas vezes e Campeão por uma; Na NCAA, foi All-American por duas vezes, Campeão por uma e Campeão no torneio "Big Ten Conference" por duas vezes. Concluiu o seu percurso universitário com um belo recorde de 106-5. Já levava bons pretextos para que a WWE o contratasse já em 2000 e o colocasse em desenvolvimento na OVW. Lá trabalhou com o seu velho amigo Shelton Benjamin e, com ele, venceu os títulos de equipas da OVW por três vezes, antes de partir para dark matches em singulares. Já em 2002, aparecia no Raw a dar um enxerto a malta como Maven, Spike Dudley e Al Snow, acompanhado por Paul Heyman e a ser tratado como a "Next Big Thing". Nascia um monstro.

O resto do percurso já nos é mais familiar e já sabemos tudo o que ele conquistou em pouco tempo e a quantidade de lugares por onde passou. Já o mandámos à fava após o seu abandono, já markámos para o seu regresso, já enjoámos para as suas aparições ocasionais, já tivemos todo o tipo de emoções mistas com o seu romper da streak. Veremos o que fará ele no SummerSlam. O certo é que não há muito mais a acrescentar à sua carreira.

Bobby Lashley


Passo de Brock Lesnar para um indivíduo que tem muitas comparações a ele. Os seus backgrounds são semelhantes e as suas carreiras pós-wrestling também apresentam pontos em comum. E enquanto um lutará pelo título Mundial da WWE, o outro detém o da TNA, pretexto que o coloca aqui, como única entrada vinda da TNA.

Era normal que Lashley se apresentasse como um lutador comparável a Lesnar. A sua constituição física podia trazer semelhanças e até o raio da voz tinha que lá estar. A isso ainda se junta o seu background. Lashley também já não é nenhum estranho para o wrestling amador e também ganhou muito ouro no seu percurso universitário, ao longo da década de 90. Constando na Universidade de Missouri Valley, em 1995, mostrava os seus primeiros sinais de crescimento na área. Já em 1997 e 1998, Lashley viria a vencer o título Nacional, por duas vezes, na National Asociation of Intercollegiate Athletics.

Após concluir a universidade e de já sair de lá com uns bons feitos, Lashley fez uma de bom Americano e alistou-se no serviço militar dos Estados Unidos. Mas não foi lá que deixou de caçar o seu sonho e de fazer o que gostava. Lá continuou com o seu wrestling e lá deu cabo do couro de alguns militares que não viriam a ser Campeões da ECW mais tarde. Em 2003, Lashley preparou-se para fazer outra de bom Americano e seguir o exemplo do grande Kurt Angle, ao iniciar treinos para os Jogos Olímpicos. No entanto, como uma das vítimas de um assalto num banco, sofreu uma lesão no joelho que lhe parou os treinos e que o afastou das competições Olímpicas e da possibilidade de ser o segundo integrante de uma grande companhia de wrestling a deter ouro Olímpico. Esta seria a altura em que Kurt Angle entrava e dizia que o fez "WITH A BROKEN FREAKIN' NECK!", mas vá, não somos todos iguais...


No entanto, o sonho não acabou com o cancelamento da competição Olímpica e até teve um grande salto, em direcção à WWE, que o contratou para o manter em desenvolvimento, na OVW. Lá era conhecido como Blaster Lashley e era o macaco de serviço da equipa Heel constituída por Mike Mondo e Ken Doane - Kenny Dykstra - como parte da stable "Bollin Services", que contava com Kenny Bolin, um manager que chegou a ser manager de uma boa camada de gente, até mesmo de John Cena. A associação de Lashley a Kenny e Mikey é o mais próximo que temos da imagem cómica de imaginarmos Lashley nos Spirit Squad. Eventualmente, as coisas deram para o torto e Blaster Lashley virou-se contra a equipa, virou Face e alterou o nome para Bobby Lashley. Não tardava nada e estava a ser chamado ao plantel principal, onde se estrearia com a infame feud com Simon Dean. A partir daí seria sempre a subir.

Actualmente já sabemos bem o seu paradeiro e as outras actividades que ele gosta de fazer. Nos dias de hoje, vai alternando entre as duas, sendo o Campeão Mundial na TNA onde, por alguma razão, lhe reduziram o nome para "Lashley" simplesmente, e lutando MMA na Bellator. Será que também teremos um eventual regresso de Lashley à WWE um dia, se a estadia na TNA não for tão duradoura? Ou não faz lá falta?

Paige


Pode considerar-se que ela ainda esteja antes da sua grandeza. Muito novinha e recém-chegada, esperemos que o Vince não seja tão casmurro ao ponto de desistir dela de vez. Porque foi bom tê-la como Campeã de imediata, mas não me parece tão bom que desistam dela, tirando-lhe a oportunidade de voltar a sê-lo. Pode ser que a Heel Turn lhe faça bem e dê uma ajudinha.

Para recuarmos aos seus primórdios, podemos recuar mesmo muito. Até ao tempo em que sua mãe, lutadora Inglesa independente conhecida pelo nome Saraya Knight, estava grávida de Paige, sem o saber e competiu. Logo já se pode dizer que Paige já compete em ringue desde antes de nascer. No entanto, o bichinho do wrestling demorou um pouco a crescer e, com ambos os pais e os dois irmãos mais velhos a praticar a modalidade, Saraya-Jade Bevis - o seu verdadeiro nome - ainda tinha medo daquilo. Só aos 10 anos é que pegou e bem. Não tardava nada e já era melhor que os irmãos. Aos 13 anos, competia no seu primeiro combate.

Logo aí adoptou o nome Britani Knight e começou como uma mera substituição de um "no show", na companhia de seu pai, que recorreu a ela para se safar. Começaria a competição mais a sério em parceria com a mãe. Aos 14 anos, já andava a percorrer toda a Europa mas com pouco sucesso. Começaria a facturar mais aos 16, por várias companhias independentes onde chegou a conquistar quatro títulos femininos ao longo do ano de 2009 - três deles obtidos derrotando a própria mãe. Como não era uma família assim tão disfuncional - só em ringue - mãe e filha ainda conseguiram ganhar um título de equipas feminino juntas. Em inícios de 2011, competiu num torneio para coroar a primeira Campeã da Pro Wrestling: EVE, mas sem sucesso. Aliás, era em 2011 que começaria uma onda de azar, onde começava a perder os seus vários títulos que detinha em várias indys. Tudo para se assentar numa independente feminina consagrada: a Shimmer Women Athletes.


Lá, estreou numa parceria com a sua mãe e estreou numa vitória por desqualificação contra lutadoras conhecidas como Nikki Roxx - ou Roxxi na TNA - e Ariel - a Portuguesa Ana Rocha. Só porque era divertido, Britani Knight concluiu o seu percurso na Shimmer com uma azeda rivalidade com a mãe, que culminou num combate sem desqualificações, do qual saiu vencedora. Não foi um longo percurso na Shimmer, porque já nesse mesmo ano estava a assinar um contrato de desenvolvimento com a WWE. A sua ascensão e chegada à WWE encontra-se num documentário televisivo intitulado "The Wrestlers: Fighting with My Family", onde se conhece a família de Paige e o seu envolvimento no wrestling. Nesse documentário conseguimos perceber que ela é a jóia que aparenta ser, mas um dos seus irmãos não parece ser lá grande partido.

Na FCW, começaria como Saraya, mas rapidamente mudava o nome para Paige, como ficaria, a tempo de estrear em TV, vitoriosa. Daí para a frente, faria parceria com Sofia Cortez - ou Ivelisse - como a "Anti-Diva Army". Como lutadora singular, ainda tentaria a sua sorte ao título feminino da FCW de Raquel Diaz, mas sem sucesso. Após a sua feud longa com Audrey Marie, a FCW transformou-se em NXT e o seu trajecto aí já o conhecemos - desde a jobber inicial à estupenda Campeã do NXT que foi até à sua subida. E desde então que sempre a adoramos ver.

Ainda é muito novinha mas já fez muita coisa. Até estremeço de pensar que ela só tem mais um ano que eu. Ainda há muita coisa por cumprir e às tantas ainda a voltamos a ver à porrada com a mãe mais alguma vez. Esperemos que o futuro de Paige lhe sorria mais que o que parece prometer. Abre lá os olhos, Vince! E o Jerry Lawler que os feche, já agora...

Bo Dallas


Decidi destacar este jovem para concluir esta lista, por ser um dos mais recentes midcarders a subir do desenvolvimento e a aparentar ter algum sucesso e notoriedade, já que Adam Rose não parece ter convencido todos lá dentro. A sua segunda subida, com uma muito rápida e despercebida a dar-se no início do ano anterior. Apenas com 24 anos, já tem um longo trajecto na WWE.

Já são conhecidas as suas afiliações familiares. Taylor Rotunda é o filho mais novo de Irwin r. Schyster, conhecido veterano da WWE, antigo Campeão Tag Team com o lendário Ted DiBiase e eternamente recordado simplesmente como IRS. Ainda o vemos ocasionalmente quando é necessário separar alguém de alguma bulha e lá vem ele na companhia de amigos como Finlay, Jamie Noble, Joey Mercury, entre mais. Mas não é o único filho de IRS nesta vida. Já o seu irmão mais velho, Windham Rotunda, anda a fazer estragos como Bray Wyatt.

Logo aos 18 anos, conseguiu um contrato de desenvolvimento com a WWE e competiu na FCW, com o seu verdadeiro nome, até mudar para Tank Rotunda, eventualmente Bo Rotunda e eventualmente Bo Rotundo. Foi aí que se juntou ao seu irmão, que na altura lutava como Duke Rotundo. Foi com ele que venceu o seu primeiro título de equipas, derrotando a equipa constituída por Justin Angel - Justin Gabriel - e Kris Logan, que já tivera sido parceiro de Bo anteriormente. Após perder os títulos, continuou a lutar na divisão de equipas até se lesionar e retirar-se por um tempo. Regressou em singulares e somou vitórias com nomes notáveis como Curt Hawkins, Derrick Bateman ou Brodus Clay.


Teve sucesso rápido como lutador singular e aproveitou logo uma "open challenge" do Campeão da FCW, Mason Ryan, para tentar a sua sorte. Não conseguiu à primeira, mas conseguiu à segunda, tornando-se Campeão da FCW aos 20 anos. Pena que o perdesse logo para Lucky Cannon, mas foi capaz de o recuperar uns meses depois, tornando-se Campeão da FCW por duas vezes. Durante este seu reinado, parecia que ia subir ao main roster, com vários dark matches a dar-se, mas uma lesão parou os planos e fê-lo abdicar do título. Regressou, jurou recuperar o título, mas em vez disso voltou-se para a divisão de equipas, de novo com o seu irmão, agora chamado Husky Harris e conseguiu derrotar a equipa de Brad Maddox e Eli Cottonwood para obter o seu segundo título de Tag Team.

Por esta altura, já a FCW dava as suas últimas, nesse seu formato, mas Bo ainda tinha algo para fazer antes. E esse algo era derrotar Rick Victor pelo título da FCW para obter o seu terceiro. Voltaria a perdê-lo para o mesmo, um mês mais tarde, mas já estava um currículo jeitoso construído. Assim que a FCW virava NXT e Bo Rotundo se remodelava como Bo Dallas, tinha ele 22 anos e já tinha 3 títulos da FCW e 2 de equipas. E vinha para iniciar o seu percurso que já melhor conhecemos, que inclui uma fraca subida ao main roster com uma participação no Royal Rumble e consequente mini-feud com o Campeão Intercontinental Wade Barrett e um título do NXT, que tecnicamente o torna um Campeão por 4 vezes.

Actualmente é um personagem inspirador que encoraja todos os seus adversários a "Bolieve", num tom cómico, enquanto mantém uma impressionante streak. Uma total viragem que deu no NXT, quando não convencia ninguém, para virar um Heel cómico e cair no gosto do público. A sua personagem no main roster já era ligeiramente diferente mas mantém-se o cómico. Daqui para a frente, veremos uma carreira na WWE tão frutuosa como foi no território de desenvolvimento?

Exemplos de bons lutadores que conhecemos actualmente, uns já mais veteranos que outros, mas que apresentam um bom passado, que já antevia o seu estatuto promissor. Que os mais jovens continuem a crescer para a que a sua fase presenta ainda pertença a uma fase "antes da grandeza" - não vou desejar isso, por exemplo, ao Sting. E que agora, também, pase o artigo a vós e que tenham gostado. Estejam à vontade para comentar estes exemplos, dedizer o que acham deles e dos seus passados e se querem que eu continue a fazer destes artigos, como já cheguei a fazer há um tempo atrás. Olhando para este contexto de passados nas independentes, podem também falar em respeito a isso e responder:

"Que actual lutador das independentes vêem com um bom futuro na WWE e a vir a ser mencionado um dia, da mesma forma que estes exemplos?"

Na próxima semana, espero poder estar cá de novo para vos apresentar alguma coisa. Espero que tenham gostado e que fiquem bem até à próxima. Continuação de um bom Verão a todos e vão-se já preparando para o SummerSlam.

Cumprimentos,
Chris JRM

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