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MMA: UFC Fight Night 57: Edgar vs. Swanson - Antevisão + Pesagens


O UFC retorna ao Texas com uma possível eliminatória para o título dos penas entre Frankie Edgar e Cub Swanson, duelo que será antecedido por uma verdadeira fila de combates de potencial explosivo.

Depois do susto da audiência na jornada tripla, o UFC volta seu octógono para seu país de origem. O Frank Erwin Center, na University of Texas, em Austin, vai receber o UFC Fight Night 57, card principal que engloba categorias desde o mosca até o pesado.....

Um confronto que pode definir um desafiante para o título de José Aldo lidera o evento quando Frankie Edgar e Cub Swanson, duas vítimas anteriores do rei da categoria, se enfrentam na luta mais importante da noite.

Um mar de combates explosivos antecedem o gran finale. Pela divisão dos leves, os trocadores Bobby Green e Edson Barboza batem de frente. Entre os moscas, Brad Pickett busca recuperação contra Chico Camus, enquanto o integrante do Trio de Ferro da categoria Joseph Benavidez recebe o perigoso Dustin Ortiz.

Em confronto que dificilmente chega ao final, o peso pesado Jared Rosholt tenta se manter invicto no UFC contra a máquina de finalizar ucraniana Oleksiy Oliynyk, que busca a décima submissão nas últimas onze lutas. Abrindo os trabalhos na principal parte da programação, Matt Wiman retorna depois de quase dois anos de inatividade contra Isaac Vallie-Flagg.

O card completo do UFC Fight Night 57: Edgar vs. Swanson é o seguinte:

CARD PRINCIPAL

Peso-pena: Frankie Edgar x Cub Swanson
Peso-leve: Edson Barboza x Bobby Green
Peso-mosca: Chico Camus x Brad Pickett
Peso-pesado: Oleksiy Oliynyk x Jared Rosholt
Peso-mosca: Joseph Benavidez x Dustin Ortiz
Peso-leve: Isaac Vallie-Flagg x Matt Wiman

CARD PRELIMINAR
Peso-pesado: Josh Copeland x Ruslan Magomedov
Peso-médio: Luke Barnatt x Roger Narvaez
Peso-leve: Nick Hein x James Vick
Peso-leve: Arreola Akbahr x Yves Edwards
Peso-palha: Kailin Curran x Paige VanZant
Peso-leve: Dooho Choi x Juan Puig

O evento terá aqui transmissão ao vivo a partir das 22:00 horas do Brasil e 00:00 horas de Portugal 

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Peso pena: Frankie Edgar (EUA) vs Cub Swanson (EUA)

Depois que saiu derrotado de um antecipado encontro com José Aldo, quando aproveitou a condição de top 10 peso por peso para chegar na categoria diretamente disputando o cinturão, Edgar (17-4-1 no MMA, 11-4-1 no UFC) conseguiu a primeira sequência de duas vitórias desde 2010, ao superar Charles do Bronx e fechar a trilogia com BJ Penn com um pneu. Ainda que um prospecto e um ídolo aposentado não sejam oposições do nível da de sábado, pelo menos as vitórias tiraram um peso das costas de Frankie, que vinha de três derrotas consecutivas.

É preciso muito talento para um lutador pequeno como Edgar, que dá a impressão de caber como peso galo, ter chegado a campeão dos leves. O ex-wrestler universitário desenvolveu o boxe com Mark Henry e o jiu-jítsu com Ricardo Cachorrão, unindo estas características a um preparo físico especial, movimentação constante e em ritmo forte, além de um coração maior ainda. Mesmo pequeno, Edgar é difícil de ser parado e costuma crescer conforme os minutos avancem.

Numa maré diferente está Swanson (21-5 no MMA, 6-1 no UFC). Sem perder desde que estreou no UFC finalizado por Ricardo Lamas, Kevin Luke venceu seis combates consecutivos, mostrando poder de nocaute especial contra trocadores como Dennis Siver e Ross Pearson, além de ter dominado inteiramente os duelos diante de talentos como Dustin Poirier e do renovado Jeremy Stephens.

Aquele lutador que foi nocauteado em oito segundos por uma joelhada dupla voadora de Aldo não existe mais. Assim como Edgar, Swanson começou como grappler (a diferença é que seu início não foi no wrestling, mas no jiu-jítsu e no judô, modalidades em que conquistou a faixa preta) e mostrou evolução tremenda no boxe. Seu jogo de pernas é dos mais fluidos do MMA atual, que o capacita a cortar em ângulos e atacar de todas as posições possíveis com combinações que reunem velocidade, precisão e potência. Swanson também sabe usar bem os chutes, tanto para desbalancear os adversários quanto como uma ferramenta de definição de combates.

Ainda que este combate seja muito equilibrado – mais do que dizem as odds acima -, é difícil não apostar em Edgar tanto quanto é difícil não apostar que ele vai tomar um monte de sustos e provavelmente sofrer mais algum(ns) knockdown(s) no processo.

Enquanto os lutadores estiverem trocando golpes em pé, com ambos circulando e fazendo aproximações rápidas, o duelo será tenso. O diferencial para Edgar será a transição rápida para o wrestling seguido de um ground and pound seguro e ao mesmo tempo impactante. A aposta é que o ex-desafiante atrase a vida de Swanson com uma vitória por decisão.

Peso leve: Bobby Green (EUA) vs Edson Barboza (BRA)

Faz tempo que Green (23-5 no MMA, 4-0 no UFC) não sabe o que é perder. Desde que estreou no Strikeforce com derrota para um ainda relevante Gesias Cavalcante, em 2011, ele emendou oito vitórias consecutivas, quatro em cada organização. O nível da competição subiu gradativamente, especialmente no UFC, até o último passo, quando Green aceitou uma difícil luta contra o top 5 Josh Thomson e o venceu por decisão dividida e um tanto controversa.

Durante esta evolução, “King Green” tem se mostrado um trocador cada vez melhor, tanto no aspecto ofensivo quanto no defensivo. Ele imprime um ritmo forte, avançando agressivamente sobre seus oponentes. Ainda que não tenha poder de nocaute diferenciado, apesar da potência dos golpes, sua pressão deixa os adversários constantemente em postura defensiva. Neste cenário, destaca-se a capacidade de atacar o corpo, tanto com socos como com chutes, método que lhe rendeu o nocaute sobre James Krause.

Um dos expoentes brasileiros numa categoria onde os compatriotas não mostram tanto êxito, Barboza (14-2 no MMA, 8-2 no UFC) sofreu derrotas capitais nos momentos em que tentava o passo a mais para ingressar no top 10. Primeiro foi Jamie Varner, que o nocauteou depois de quatro vitórias consecutivas. Mais três triunfos e uma finalização sofrida por Donald Cerrone, nascida de um knockdown com jab. No último combate, nocaute sobre o outrora prospecto Evan Dunham.

Se Green tem se mostrado um trocador competente, o que falar de Barboza? O friburguense é um dos mais técnicos de todo o plantel do UFC, dono de um muay thai apuradíssimo, mesclado com chutes do taekwondo, que tornam o lutador um constante perigo, já que algo inusitado pode sair a qualquer momento – e são exatamente os golpes que não se pode ver que levam a nocaute. Porém, o parceiro de treinos de Edgar ainda mostra problemas com a luta agarrada. A defesa de quedas é sólida, mas não impenetrável, mas Barboza pouco produz neste ramo ofensivamente.

Taí um combate de difícil prognóstico. O que podemos afirmar é: a chinela vai cantar em proporções épicas.

Green tem no passado de Barboza uma dica de atuação. Assim como fez Varner, Bobby pode lutar aplicando forte pressão na curta distância, sem deixar o brasileiro respirar e, principalmente, sem deixar Barboza tomar conta do ritmo e distância. Neste cenário, poderemos sair com uma decisão a favor de Green ou um nocaute para Barboza, com 60% de probabilidade para o primeiro caso.

Peso mosca: Brad Pickett (ING) vs Chico Camus (EUA)

Muitas vezes a mudança de categoria salva a carreira de um lutador. No caso de Pickett (24-9 no MMA, 4-4 no UFC), foi quase um impacto na reputação, ainda que os resultados sejam igualmente instáveis. Na estreia como peso mosca, depois de ter disputado uma eliminatória para o título dos galos, Pickett passou um sufoco imenso contra o estreante Neil Seery, mas venceu. Na sequência, não deu conta da velocidade de Ian McCall e não chegou a ter um momento sequer de controle no combate.

Quando analisamos o estilo de luta de “One Punch”, percebemos de onde vem a inconsistência. Foi criada sobre ele uma aura em relação ao boxe, que realmente é de bom nível, apesar de não apresentar mais o poder de nocaute em um único golpe que seu apelido indica. Mas o que tem salvado sua pele mesmo é o wrestling, o ground and pound e o controle posicional por cima. Foi assim que Pickett salvou sua pele quando o negócio contra Seery ficou ruim no boxe. Contra McCall, um wrestler superior, a tática já não funcionou.

A visão do copo meio cheio de “King Camus” (14-5 no MMA, 3-2 no UFC) diz que o lutador venceu seis de seus últimos oito combates. Porém, o encontro mais recente mostrou a maior dificuldade do jogo de Chico na derrota para o vencedor do TUF 18 Chris Holdsworth, o mesmo problema que já tinha rendido o revés contra Dustin Kimura.

Camus é pupilo do lendário kickboxer Duke Roufus na Roufusport, equipe de Anthony Pettis e Ben Askren. Ele é muito técnico na troca de golpes em pé, usando uma movimentação lateral interessante e boas combinações. Porém, como ficou implícito no parágrafo anterior, a luta agarrada é um problema. Ele até é capaz de exercer pressão quando cai por cima, mas a defesa de quedas é insuficiente contra competição de nível mais elevado. No solo, sua produção ofensiva é irregular e a defensiva, seu ponto mais falho.

A previsão neste caso é bem parecida com o panorama de Pickett-Seery. Camus é capaz de dominar a troca de golpes – e é até provável que o faça mesmo, dada a fase do britânico aos 36 anos -, mas a luta olímpica provavelmente dará vantagem ao britânico até a vitória por decisão.

Peso pesado: Jared Rosholt (EUA) vs Oleksiy Oliynyk (UCR)

Há um ano no maior evento do mundo, Rosholt (11-1 no MMA, 3-0 no UFC) é um dos poucos na categoria com sequência de ao menos três vitórias. Depois da incrível virada sobre Walt Harris, ele voltou a confiar em seu wrestling para superar Daniel Omielanczuk e Soa Palelei, este também especialista na luta olímpica.

“The Big Show” foi três vezes All-American na Divisão I da NCAA, é o recordista em vitórias na categoria peso pesado e o quinto que mais venceu na forte Oklahoma State University, apesar de nunca ter vencido o torneio nacional. Jared tem quedas explosivas e raramente perde posição quando tem o controle no solo. Porém, se é um monstro na luta olímpica, Rosholt é lento na troca de golpes e usa poucas variações.

O ucraniano Oliynyk (49-9-1 no MMA, 1-0 no UFC), ex-companheiro de treinos de Fedor Emelianenko, estreou no UFC aos 37 anos, no mesmo evento que Cub Swanson lutou pela última vez. Na ocasião, precisou de pouco mais de dois minutos para encaixar o segundo neck crank consecutivo – o anterior foi sobre o mito Mirko Cro Cop, no evento russo Legend FC.

Um cidadão que tem 40 vitórias por finalização, enfileira dois neck cranks e tem dez vitórias via estrangulamento ezequiel em sua conta só pode ter um respeitável histórico na luta agarrada. Oliynyk é mestre internacional de sambô, modalidade em que conquistou o título mundial em 2005, além de ser faixa preta quarto dan de jujutsu japonês. Sua habilidade na troca de golpes é limitada, quase com a única missão de encurtar a distância para encurralar os adversários na grade.

Oliynyk entra lançando socos potentes e desajeitados para chegar ao clinch. Ele vai conseguir repetir o feito contra Rosholt? Talvez. E quando grudar, conseguirá levar o americano ao solo para finalizá-lo? Pouquíssimo provável. Jared deverá desgastar o ucraniano no começo do combate e capitalizar com quedas e ground and pound até ter seu braço erguido ao final.

Peso mosca: Joseph Benavidez (EUA) vs Dustin Ortiz (EUA)

Número dois do ranking dos moscas, Benavidez (20-4 no MMA, 7-2 no UFC) jamais perdeu para alguém que não se chame Dominick Cruz ou Demetrious Johnson. As três primeiras derrotas foram em decisões competitivas, mas a última aconteceu em um nocaute brutal em dois minutos. A recuperação veio no melhor estilo Benavidez, guilhotinando Tim Elliott.

O menor dos Alpha Male foi outro que tirou benefícios da passagem de Duane Ludwig pela equipe. De wrestler com ótimas finalizações, Joe-Jitsu soltou seu jogo na troca de golpes de modo agressivo e com muita potência, passou a utilizar o muay thai na mesma intensidade do boxe, variando os ataques entre a cabeça e o corpo dos oponentes – Jussier Formiga foi vitimado por uma demoníaca joelhada na região abdominal – e cortando em ângulos para abrir brechas para suas combinações.

Não fosse uma dura derrota para John Moraga e Ortiz (14-3 no MMA, 3-1 no UFC) estaria invicto no UFC. Ele nocauteou José Maria Sem Chance na estreia em Goiânia e, após perder para Moraga, travou dois dos mais fortes prospectos da divisão (Ray Borg e Justin Scoggins), ainda que o primeiro tenha disputado o combate com pouco tempo para preparação.

Mais um integrante da Roufusport no evento de sábado, Ortiz tem como principais características a força e o preparo físico, a abordagem agressiva e o trabalho de quedas e ground and pound. Ele é perigoso no clinch e bate para machucar, mas tem problemas quando encara oponentes de movimentação forte exatamente por ser um lutador mais pesado que a maioria dos moscas – Borg e Scoggins lhe causaram problemas quando puderam se mover pelo octógono.

O tradicional jogo de Ortiz é tudo o que Benavidez quer que ele faça. Como o mais baixinho é bem mais rápido e muito superior no wrestling, é difícil imaginar que o grandão possa domá-lo no clinch, já que derrubá-lo, só quase com ajuda de entidades. Mais cedo ou mais tarde, Joe terá Dustin no solo, seja após um knockdown ou uma queda, para alcançar a décima finalização da carreira.

Antevisão original de MMA-Brasil 

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Em uma pesagem em que todos os atletas confirmaram suas presenças nas lutas deste sábado, o "UFC: Edgar x Swanson", que acontece na cidade de Austin, nos EUA, foi marcado pela beleza das pesos-palhas Paige VanZant e Kailin Curran, que se enfrentam no card preliminar e que roubaram a cena no evento desta sexta-feira. Com belos rostos e corpos, as lutadoras chamaram a atenção do público presente, que não economizou em assovios e aplausos às duas. Protagonistas da luta principal, os pesos-penas americanos Cub Swanson e Frankie Edgar fizeram uma encarada dura, mas sem provocações.

Entre os homens, a pesagem não teve nenhuma animosidade. Destacaram-se as encaradas entre os pesos-leves Matt Wiman e Isaac Vallie-Flagg - em que os dois ficaram se provocando e falando enquanto se encaravam de muito perto - e Bobby Green e o brasileiro Edson Barboza - que não se afastaram mesmo quando solicitados pelo matchmaker Joe Silva. Com olhares fixos e narizes quase se encostando, os dois lutadores - que protagonizarão a penúltima luta da noite - precisaram ouvir por duas vezes o pedido de que deixassem o palco para que se afastassem um do outro, sem se cumprimentarem.

Uma curiosidade aconteceu na encarada entre os pesos-leves Yves Edwards e Akbahr Arreola, que se enfrentam pelo card preliminar. Após se pesar, o veterano Edwards levou para a encarada um recipiente com diversos biscoitos, e gentilmente ofereceu a Arreola, que aceitou. Os dois posaram para as fotos com os biscoitos na boca, e se abraçaram logo após, rindo bastante, e arrancando sorrisos de Joe Silva.

CARD PRINCIPAL

Peso-pena (até 66,2kg): Frankie Edgar (65,8kg) x Cub Swanson (66,1kg)
Peso-leve (até 70,8kg): Bobby Green (70,5kg) x Edson Barboza (70,3kg)
Peso-mosca (até 57,3kg): Brad Pickett (57,2kg) x Chico Camus (57kg)
Peso-pesado (até 120,7kg): Jared Rosholt (108,9kg) x Oleksiy Oliynyk (106,6kg)
Peso-mosca (até 57,3kg): Joseph Benavidez (57kg) x Dustin Ortiz (57kg)
Peso-leve (até 70,8kg): Matt Wiman (70,5kg) x Isaac Vallie-Flagg (70,8kg)

CARD PRELIMINAR

Peso-pesado (até 120,7kg): Ruslan Magomedov (111,6kg) x Josh Copeland (119,8kg)
Peso-médio (até 84,4kg): Luke Barnatt (84,1kg) x Roger Narvaez (84,1kg)
Peso-leve (até 70,8kg): James Vick (70,7kg) x Nick Hein (70kg)
Peso-leve (até 70,8kg): Yves Edwards (70,1kg) x Akbahr Arreola (70,6kg)
Peso-palha (até 52,6kg): Paige VanZant (52kg) x Kailin Curran (52,4kg)
Peso-pena (até 66,2kg): Juan Puig (66kg) x Dooho Choi (66,1kg)
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