Ultimas

A Alternativa Fenomenal #3: As apostas da TNA



Saudações a todos, e bem vindos a mais uma Alternativa Fenomenal. Hoje em mais um artigo dedicado à TNA, falarei sobre aqueles que considero como as apostas da empresa para alcançar um melhor futuro no mercado do wrestling e manter a posição de segunda maior dos Estados Unidos (e quem sabe, aproximar-se mais da rival WWE).

Após a reestruturação da TNA no começo deste ano, verificou-se uma significativa alteração no roster da empresa, mais precisamente a saída de vários conhecidos nomes que fizeram história aqui e tornaram a TNA uma empresa conhecida e amada (ou odiada) no mundo. A saída desses lutadores permitiu a entrada de várias novas faces, ou a mudança de atitude de rostos mais conhecidos, numa tentativa de acrescentar variedade ao roster e de criar storylines mais interessantes ao público. Dessas mudanças e acréscimos, algumas se fizeram bastante notáveis, ao ponto de recair sobre esses wrestlers a tarefa de se tornarem os grandes nomes da TNA e assegurar o futuro da companhia. Em minha opinião, estes são os nomes que pavimentarão o futuro da empresa;


O primeiro que destacarei será o senhor Ethan Carter III, o EC3. Vindo da WWE onde era conhecido por Derrick Bateman e não havia alcançado suficiente sucesso, Carter estreou-se em 2013 com a gimmick de sobrinho da presidente da TNA, Dixie Carter. Durante seu primeiro ano na companhia, conseguiu uma longa streak de vitórias e envolveu-se em feuds com importantes nomes do wrestling como Sting, Kurt Angle, Tommy Dreamer, Rhino e a Team 3D, tendo saído vitorioso de quase todas as suas rivalidades. Mostrando um wrestling bem desenvolvido e muito carisma (basta ver seus duelos com a crowd, especialmente quando cantam “You Can’t Wrestle”), EC3 obteve todo o sucesso que não alcançou na WWE, fruto da maior liberdade criativa obtida na empresa de Orlando, mostrando ser um excelente heel e uma grande opção para o título mundial da TNA. Não restam dúvidas de que ele, em algum ponto de sua carreira, ascenderá à posição de top heel da companhia, se tornando o primeiro grande lutador criado pela TNA em sua nova fase (como dito pelo meu colega Chris JRM em um de seus artigos). 


A seguir, falarei sobre o homem conhecido como Bram. Anteriormente chamado Kenneth Cameron, membro da Ascension, o lutador juntou-se a TNA em 2014, após uma conturbada saída da WWE, onde foi demitido depois de ser detido pela polícia pela segunda vez (uma vez por dirigir intoxicado, e a segunda novamente por intoxicação e por lesão corporal a um oficial) e, após receber uma nova chance pela empresa de Orlando, foi apresentado ao público como um suposto amigo de infância de Magnus, que desejava fazer com que este fosse mais intenso e violento em suas lutas. Com um estilo de combate completamente hardcore, Bram envolveu-se e saiu vencedor de rivalidades com conhecidos lutadores deste estilo, como Abyss, Tommy Dreamer e Devon, se autoproclamando o novo Rei do Hardcore. Sua gimmick é a de um homem completamente psicótico e violento que faz de tudo para vencer, e dá pouca importância com o estado em que seus adversários ficarão após o combate. Dados estes toques sombrios à sua personagem, aliados a uma aparência intimidadora e um wrestling duro e intenso, Bram mostra-se como o próximo grande nome do wrestling extremo da TNA e um dos (possíveis) pilares que sustentarão a empresa no futuro, podendo inclusive vir a se tornar campeão mundial caso lhe seja dada a oportunidade. 


Seguindo para a divisão feminina, falarei agora sobre Taryn Terrell. Previamente conhecida como Tiffany na WWE, a lutadora entrou na TNA em 2012, inicialmente como a referee oficial para os combates entre as Knockouts, mas devido a altercações com Gail Kim, em março de 2013 ela deixou o cargo de árbitra para ser lutadora a tempo inteiro (como os colegas portugueses dizem). Sua rivalidade com Kim resultou em lutas fantásticas, como a famosa Last Knockout Standing e uma incrível ladder match, onde ela mostrou um wrestling muito diferente daquele apresentado em sua passagem na WWE (fato que atribuo ao desprezo que a Big E dava a sua divisão feminina), superando as expectativas de muitos fãs da TNA. Suas habilidades se mostrarão suficientemente altas, o que lhe garantiu o Knockouts Championship, do qual é a atual portadora, e lutas muito boas contra Angelina Love, Madison Rayne, Havok e, sua atual rival, Awesome Kong. Com combates expressivos, bastante apoio dos fãs, e um reinado forte, fica claro que ela tornou-se a melhor escolha para ser o maior nome das knockouts no futuro, já que desde agora mostra-se como um grande acerto da TNA. 


Uma das últimas adições ao roster da TNA, o recém chegado Drew Galloway (anteriormente conhecido por Drew McIntyre na WWE), estreou-se durante o tour da empresa ao Reino Unido neste ano de 2015. Apresentado como um fan-favorite que deseja encerrar o reino de terror do Beatdown Clan, Galloway representa bem o novo momento da TNA, em que lutadores mais jovens passam a ganhar destaque nas storylines principais. Após uma saída bastante em baixa da WWE, acredito que aqui na TNA Drew possa voltar a apresentar o wrestling que o consagrou em seus primeiros anos na empresa de Vince McMahon. Atualmente em sua rivalidade com a BDC, ele tornou-se líder da stable The Rising, juntando-se aos estreantes Eli Drake (o lutador independente Shaun Ricker), e Mikah (o ex-WWE Camacho), onde junto a seus colegas tenciona acabar com o grupo rival. Conhecendo o trabalho de Galloway, fica evidente o acerto da TNA em contratá-lo, sendo que no futuro (caso sua rivalidade com a BDC tenha bons resultados) ele possa vir a ter combates pelo título principal da companhia. 


O último de quem falarei será Eric Young. Sei que muitos podem achar estranho que eu diga que um dos TNA Originals, com mais de 10 anos de carreira na companhia, é uma das apostas para o futuro. No entanto, após anos sustentando uma personagem cômica que impedia a sua ascensão ao topo da TNA, eis que EY sofre uma mudança (que creio ser definitiva) em sua gimmick e mostra um lado mais sério, e mais focado, e foi com esta mudança que ele veio a conquistar seu primeiro título mundial na companhia, derrotando Magnus. Apesar de ter sido apenas um reinado curto, isso abriu caminho para que Young se estabelecesse como um lutador credível para disputar o cinturão, e afastasse de si a imagem de simples wrestler cômico. No inicio do ano de 2015, dando seguimento à rivalidade entre Bobby Roode e MVP, Young realiza um heel turn ao atacar Roode e desde então tem mostrado sinais de que permanecerá na disputa pelo WHC. O talento de Young já foi visto antes, especialmente durante seu mais famoso período como heel, quando liderou a World Elite, e agora que ele demonstra ter deixado de lado a comédia em definitivo, nota-se a intenção da TNA em finalmente promovê-lo como o grande lutador que é, permitindo agora que ele demonstre todo a habilidade que possui e o inserindo no main event dos shows e em rivalidades pelo cinturão mundial. Muita atenção deve ser dada a EY nesse novo momento de sua carreira, pois será aqui que ele terá a chance de mostrar que representa um futuro que por muito tempo a TNA teve medo de concretizar, mas que agora pode se mostrar grandemente promissor. 

Dados estes nomes, pode-se ver que a TNA buscou formar novos rostos que venham a manter a qualidade de seu produto no futuro, especialmente agora depois da saída de vários consagrados wrestlers de suas fileiras. Da mesma forma que na WWE, com o NXT, são esses os futuros grandes ídolos da modalidade e àqueles em quem acredito que possam tornar o sonho de uma TNA mais competitiva aceso na mente de seus fãs. Despeço-me aqui, deixando aos leitores espaço nos comentários, para que me digam quais outras apostas da TNA teriam faltado na análise que fiz, bem como sua opinião a respeito dos que citei. Aproveitem o artigo, até a próxima.
Com tecnologia do Blogger.